domingo, 25 de outubro de 2009

Vai!

Vai! Destrói teu coração imenso
Destrói o coração de quem tu amas
Destrói o sentimento de quem te ama
Destrói o coração de quem te vê chorar


Vai! Paga o preço de tuas atitudes
De tua impulsividade
Quem mandou não seguir meus conselhos?
Não quiseste tu viver da realidade?
Quem mandou deixar de sonhar com a beleza que haveria de vir?
Quem mandou não aproveitar de teu presente?
O presente que recebeste com laço de fita
Com papel verde
De toda a verdura da natureza

Menino meu, menino em mim...
Entre tantas frutas a ti oferecidas
Preferistes escolher o limão para si
E não quiseste sequer esperar o açúcar
E acrescentar a água...

Vai! Sofre na ilha que criou para si
Olha o caminho que percorreu
Enxerga tuas próprias escolhas
A tarde vem chegando
Mas tarde pra ti já é
Já é tarde demais
Deguste tua solidão
Contemple o papelão que tu fizeste

Menino de papel
Não aproveitaste do amor
Talvez nem o tenha valorizado
Ou compreendido sua linguagem

Menino de papel,
Perdeste tuas asas
Pássaro que ama, deseja e não pode mais voar
E não sabe mais o que fazer
Deveria se conformar...

Menino de papel,
Quem ama deve aprender a amar...

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