domingo, 25 de outubro de 2009

Tentativas de quem espera




Ele estava numa ilha criada por ele mesmo. Ele olhava ao redor, mas tudo era mar. Ele queria dar o primeiro passo, mas não sabia como sair de lá. Sim, ele queria voltar atrás.
Ele encontrou a garrafa que carregava consigo. De seu papel, o menino escreveu a mensagem e a enviou com uma onda do oceano que apareceu simpática diante dele. Ele beijou a carta e a jogou no mar.
Não se sabe porque, mas as horas pareciam dias e a noite foi mais longa que a imensidão do vazio. Menino não sabe explicar, mas ele sente que sua carta foi lida. Que a mensagem foi entregue.
Espera mais um pouco. A paciência é dom sublime que nem todos desenvolvem. Mas, por sorte ele sabe esperar. Ele aprendeu que a espera é sua companheira. Que deve fazer dela a sua melhor amiga.
Ele olha em seu punho. Não pensa em suicídio, pensa nas horas que ele não sabe quais são.
É hora de acreditar. Isso lhe basta saber.
Esperançoso, inseguro e nervoso, ele mantém seu medo. Sua incoerência está sendo estudada. Mantém-se na espera de uma resposta que acredita que chegará.

Que ele seja retirado desse mundo de solidão.

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