quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Desenho de Imaginar

Entre vento e mar, minha imaginação voa. Nuvem de sonhos de menino curioso. Paira levemente na superfície do momento. Afunda refletindo menino de querer.

(...)

Mantenho-me no palco, como ator parado em movimento. Meu personagem é um desenhista cheio de tinta. Com os tons da esperança quero pintar o quadro que ilustra meu roteiro futuro e presente. Sem grandes idéias começo com um primeiro ponto de cor na tela... Ainda não sei como ela será daqui pra frente. Não sei que imagem para mim formará, nem quais serão as conseqüências de meus traços no transcorrer da peça. Só tenho a certeza de que sou sujeito a erros e não tenho corretivo ou borracha. Estou livre! Posso aprender com tentativas, erros e acertos. Posso utilizar um novo papel, em ambos os sentidos. Tenho novas oportunidades e chances de mudança. Estou parado frente ao quadro, pincel em mãos, mãos em movimento...

Permaneço assim, e desenho a mim mesmo caminhando descalço, em caminho ainda desconhecido e inexplorado. Mas o caminho parece ser tão gratificante que sigo por uma areia clara e leve, na praia do Mar azul e calmo, acompanhado do Vento sorrateiro com a Nuvem de meus pensamentos. Respiro suave. Relaxo... Sinto uma agradável presença ao meu lado como se fosse palpável. Na tranqüilidade dos passos, acompanhado de tudo e de todos que me seguem em pensamentos, vou deixando pegadas na areia. E elas seguem em direção à lua... Que nos ilumina por fora do teatro, na escuridão de nossos dias que noites são...

Viro a página. No pulsar do silêncio, vazio e repleto, na escuridão me vou a um encontro comigo mesmo. Sigo rumo ao próximo sonho, antecessor de uma realidade que se recusa a aceitar tantos de nossos planos. Sonhemos, então!

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