segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Um encontro

Eu não a via desde março. Talvez fosse fevereiro, mas eu acho que era março. Permanecíamos com uma saudade recíproca, mas a rotina domina nossas vidas.
Aquele seria o dia de nosso encontro.
Ela não imaginava que eu estaria presente junto com os demais.
Mas, como quem gosta de fazer surpresas, eu apareci, sem aviso prévio.
Quando abri a porta, alguns me olharam.
Ela correu em minha direção, demonstrando um doce afeto que apreciei como cantiga de ninar.
Seus braços balançavam abertos e ela corria em minha direção com um sorriso radiante no rosto e falando o meu nome de um modo, ao mesmo tempo, animado, carinhoso e especial...
“Júliooooooo!!”
Como foi bom receber seu abraço!
Naquele momento eu senti as tais asas em mim.
Senti-me inacreditavelmente leve... Os pés, pela lógica estariam no chão, mas na minha percepção, flutuavam...
Eu precisava de um abraço assim, amável, há um bom tempo.
Admiro o poder da amizade, que mesmo não sendo presente, faz-se notar e, principalmente, sentir...


Ela foi a primeira pessoa a falar comigo. Disse-me palavras aparentemente comuns. Não sei... Naquele instante, não eram simplesmente palavras comuns. Eram palavras sinceras e carinhosas. Eram palavras únicas que muito me agradaram. Que me deixaram mais feliz...
“Ah, eu não acredito! Quanto tempo... Que saudade de você!”


Eu apreciei aquele momento de carinho correspondido e acariciei os seus ombros.
Sorri para ela esperando que percebesse o quanto era especial para mim, já que com palavras, tantas vezes, é difícil se expressar...
Ela sorriu de volta.
Acho que ela entendeu meu pensamento.


Sorri, mais uma vez.

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