sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Mundo que gira, que desliga e recomeça

Não sei. Nada sei. A madrugada é boa, não há tanto barulho lá fora, mas por alguma razão eu não me sinto totalmente bem por não estar dormindo. Parece que a voz de minha tia falando, "Paulo, desliga isso. Tá muito tarde, é hora de dormir" não sai de minha cabeça.

Eu poderia desligar luzes, computador e o que mais estivesse ligado, mas não conseguiria desligar a mim mesmo. A Terra gira em torno do sol e os pensamentos por minha mente. Os ponteiros do relógio de parede, se ele tivesse pilha, estariam girando a indicar que em breve será aurora. Também vou amanhecer para um dia novo, dessa vez acordado. Esse barulho que começou no corredor já deve ser de alguém amanhecendo. (...) Rodas de carro na rua recomeçam a girar...

Nota 1: Talvez eu prefira enfrentar as ilusões da madrugada do que as verdades do dia.

Nota 2: Escrevo com uma dor nos ombros. Devo estar sustentando muito mundo em mim.

Nota de rede social

Já faz alguns dias que perdi o controle de quando começo a dormir. Durmo assim mesmo, com computador ligado, com livro aberto, com caneta ao lado. Por vezes até esqueço a hora que está no despertador. Isso quando não esqueço de pôr o despertador pra tocar. Mas então... O sono chega na hora que bem entende, sem nem avisar com antecedência e é sempre complicado resistir. Difícil também é acordar de manhã e cumprir as tarefas que o dia reserva.
Melhor é já compartilhar, antes que durma. Por sorte já escovei os dentes.

Pensamento de 29 de junho

Escrevi um pensamento tão profundo que de tão profundo tenho medo de não querer dizer nada daquilo que imagino que diga. Neste caso preciso amadurecê-lo. Quem sabe ele fique mais profundo, ou a superficialidade seja sua salvação.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Elenice


Elenice se sentia jogada no mundo. Sentia como se não pertencesse a nenhum lugar, sequer pertencesse a si mesma. Já não sabia o que esperar desse mundo ou desta vida. Sentada numa cadeira daquela lanchonete, olhava as pessoas passando na calçada. Visualizava os pensamentos passando por sua mente... Sentia o peso de ser ela mesma e já não tinha grandes ápices de emoção. Apenas seguia, morna e lentamente, como um meio encontrado de continuar seguindo...