É como uma flecha que você não lança muito confiante, mas lança com esmero, com cuidado.
Ela segue meio desgovernada, mas você se mantém na esperança de que acertará seu alvo, pois é isso o que você quer.
Ela não acerta.
Você perdeu. Era sua chance.
Terá que esperar.
Há de usar da espera quando descobre que seu desejo não se realizou
Os planos mudam ou ao menos se renovam
Tento me renovar e mudo...
Mudo permaneço
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Está escurecendo
Crianças param de gritar
Mulheres deixam de conversar
Os sons diminuem
O sol vai se escondendo
Está escurecendo
O ambiente muda
E eu também
Mulheres deixam de conversar
Os sons diminuem
O sol vai se escondendo
Está escurecendo
O ambiente muda
E eu também
(Se) Fosse
Fosse o dia uma criança
Fosse a vida de alegria
Fosse canto de ninar
Eu seria melodia
Fosse doce o cansaço
Fosse breve meu penar
Fosse meu o teu regaço
Viveria para amar
Fosse nossa toda a sorte
Fosse o viver fantasia
Fosse a idéia mais forte
Eu seria poesia
Fosse a praia nosso tempo
Fosse o céu nosso olhar
Fosse você onda e vento
Eu seria o azul do mar
Fosse o sentir a canção
Fosse meu o teu cantar
Fosse fruto temporão
Fosse fonte a jorrar
Fosse para este momento
Na vida se eternizar
Bate coração sedento
Para ao teu lado estar
Fosse a vida de alegria
Fosse canto de ninar
Eu seria melodia
Fosse doce o cansaço
Fosse breve meu penar
Fosse meu o teu regaço
Viveria para amar
Fosse nossa toda a sorte
Fosse o viver fantasia
Fosse a idéia mais forte
Eu seria poesia
Fosse a praia nosso tempo
Fosse o céu nosso olhar
Fosse você onda e vento
Eu seria o azul do mar
Fosse o sentir a canção
Fosse meu o teu cantar
Fosse fruto temporão
Fosse fonte a jorrar
Fosse para este momento
Na vida se eternizar
Bate coração sedento
Para ao teu lado estar
É hora de migração, é hora de mudança
Eu ia falar sobre aquele momento recentemente vivido. E não desistirei de falar.
Menino, sem esperanças, estava encostado em um canto qualquer. Ele olhava para o céu, pois o céu sempre significou um mundo de mistérios mágicos para o menino. Ele olhava, com a mente vazia, com um sentimento vão.
Baixou seus olhos para a superfície. Observou o mar. Ondas suaves que vinham de todos os lados daquela água salgada da qual ele não podia beber. Era o mesmo mar de dias atrás.
Olhou mais uma vez.
Alguma coisa brilhava mais. Alguma coisa, lá, estava refletindo os raios do sol.
Primeiro veio a esperança. Seria a garrafa! Tinha que ser!
Depois veio aquele outro pensamento. Estava a tempo considerável sem comer e sem beber. Já estava tendo alucinações...
Mas não. Seu pessimismo não o levou a perder as esperanças. Não dessa vez. Não nesse momento.
Era uma garrafa!
Sabia que era!
Garrafa endereçada a ele, sim!
Lá estava ele tentando alcançá-la na água.
Retirou-a do mar.
Abriu-a.
Ah, o que acontece agora não é mais parte dessa história.
Sim, era a resposta que esperava obter.
Sim, o menino passou a ser outro.
Ele mudou. Ele estava mudando.
Menino ganhou asas e se pôs a voar.
Voou! Rumo a outros mares...
Menino, sem esperanças, estava encostado em um canto qualquer. Ele olhava para o céu, pois o céu sempre significou um mundo de mistérios mágicos para o menino. Ele olhava, com a mente vazia, com um sentimento vão.
Baixou seus olhos para a superfície. Observou o mar. Ondas suaves que vinham de todos os lados daquela água salgada da qual ele não podia beber. Era o mesmo mar de dias atrás.
Olhou mais uma vez.
Alguma coisa brilhava mais. Alguma coisa, lá, estava refletindo os raios do sol.
Primeiro veio a esperança. Seria a garrafa! Tinha que ser!
Depois veio aquele outro pensamento. Estava a tempo considerável sem comer e sem beber. Já estava tendo alucinações...
Mas não. Seu pessimismo não o levou a perder as esperanças. Não dessa vez. Não nesse momento.
Era uma garrafa!
Sabia que era!
Garrafa endereçada a ele, sim!
Lá estava ele tentando alcançá-la na água.
Retirou-a do mar.
Abriu-a.
Ah, o que acontece agora não é mais parte dessa história.
Sim, era a resposta que esperava obter.
Sim, o menino passou a ser outro.
Ele mudou. Ele estava mudando.
Menino ganhou asas e se pôs a voar.
Voou! Rumo a outros mares...
Desenho de Imaginar
Entre vento e mar, minha imaginação voa. Nuvem de sonhos de menino curioso. Paira levemente na superfície do momento. Afunda refletindo menino de querer.
(...)
Mantenho-me no palco, como ator parado em movimento. Meu personagem é um desenhista cheio de tinta. Com os tons da esperança quero pintar o quadro que ilustra meu roteiro futuro e presente. Sem grandes idéias começo com um primeiro ponto de cor na tela... Ainda não sei como ela será daqui pra frente. Não sei que imagem para mim formará, nem quais serão as conseqüências de meus traços no transcorrer da peça. Só tenho a certeza de que sou sujeito a erros e não tenho corretivo ou borracha. Estou livre! Posso aprender com tentativas, erros e acertos. Posso utilizar um novo papel, em ambos os sentidos. Tenho novas oportunidades e chances de mudança. Estou parado frente ao quadro, pincel em mãos, mãos em movimento...
Permaneço assim, e desenho a mim mesmo caminhando descalço, em caminho ainda desconhecido e inexplorado. Mas o caminho parece ser tão gratificante que sigo por uma areia clara e leve, na praia do Mar azul e calmo, acompanhado do Vento sorrateiro com a Nuvem de meus pensamentos. Respiro suave. Relaxo... Sinto uma agradável presença ao meu lado como se fosse palpável. Na tranqüilidade dos passos, acompanhado de tudo e de todos que me seguem em pensamentos, vou deixando pegadas na areia. E elas seguem em direção à lua... Que nos ilumina por fora do teatro, na escuridão de nossos dias que noites são...
Viro a página. No pulsar do silêncio, vazio e repleto, na escuridão me vou a um encontro comigo mesmo. Sigo rumo ao próximo sonho, antecessor de uma realidade que se recusa a aceitar tantos de nossos planos. Sonhemos, então!
(...)
Mantenho-me no palco, como ator parado em movimento. Meu personagem é um desenhista cheio de tinta. Com os tons da esperança quero pintar o quadro que ilustra meu roteiro futuro e presente. Sem grandes idéias começo com um primeiro ponto de cor na tela... Ainda não sei como ela será daqui pra frente. Não sei que imagem para mim formará, nem quais serão as conseqüências de meus traços no transcorrer da peça. Só tenho a certeza de que sou sujeito a erros e não tenho corretivo ou borracha. Estou livre! Posso aprender com tentativas, erros e acertos. Posso utilizar um novo papel, em ambos os sentidos. Tenho novas oportunidades e chances de mudança. Estou parado frente ao quadro, pincel em mãos, mãos em movimento...
Permaneço assim, e desenho a mim mesmo caminhando descalço, em caminho ainda desconhecido e inexplorado. Mas o caminho parece ser tão gratificante que sigo por uma areia clara e leve, na praia do Mar azul e calmo, acompanhado do Vento sorrateiro com a Nuvem de meus pensamentos. Respiro suave. Relaxo... Sinto uma agradável presença ao meu lado como se fosse palpável. Na tranqüilidade dos passos, acompanhado de tudo e de todos que me seguem em pensamentos, vou deixando pegadas na areia. E elas seguem em direção à lua... Que nos ilumina por fora do teatro, na escuridão de nossos dias que noites são...
Viro a página. No pulsar do silêncio, vazio e repleto, na escuridão me vou a um encontro comigo mesmo. Sigo rumo ao próximo sonho, antecessor de uma realidade que se recusa a aceitar tantos de nossos planos. Sonhemos, então!
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Uma manhã
Ele estava ao meu lado. Antes permanecia quieto, agora articulava mal algumas frases que iniciou do nada, como que para puxar assunto. Eu, por minha vez, não estava nada interessado em manter qualquer diálogo. Não naquele dia, não naquela hora.
Não obstante, tentei dar a ele um pouco de atenção, pois gostaria de recebê-lo em seu lugar.
Infelizmente, eu não compreendia tudo o que falava. Quando eu pedia que repetisse, era ele quem não ouvia.
Manteve-se falando sobre empresas, empregados, demissões, processos.
No fundo, ele falava mais consigo mesmo do que comigo. Era mais um desejo de conversar, ou quem sabe, de sentir que alguém estava o escutando, em exclusividade. Percebi que ele exteriorizava revoltas pessoais ou simplesmente apontava fatos, aproveitando de uma oportunidade de conversar com alguém que o ouvia.
Complementava suas palavras com frases feitas. Por respeito não o ignorei; por conveniência não falei demais. Não eram assuntos aos quais eu devesse concordar ou discordar. Eram notícias e eu apenas complementava suas orações com palavras quaisquer.
Com o passar do tempo, o assunto foi se dissipando.
Estávamos em silêncio quando alguém perto de nós falou sobre uma determinada morte. Um motoqueiro havia morrido em um acidente de trânsito. Era essa a notícia que ela espalhava a outras duas pessoas.
Não sei se ele ouvia o que estavam dizendo, mas eu ouvia.
Enquanto pensava se havia sido pouco atencioso com ele, se havia considerado o seu interesse em se expressar pouco relevante perto do meu interesse em me manter quieto e, principalmente, se, de alguma forma, julgava-me alheio ao que me dizia, ele voltou a falar.
Percebendo essa nova chance de ser útil para alguém, olhei pra ele e procurei transmitir toda atenção para este cidadão desconhecido, até mesmo porque, talvez fosse eu a única pessoa a fazê-lo.
Ah, mas já estava chegando a hora de me despedir.
Como seria o restante de nossos dias, eu não sabia.
Se o verei alguma outra vez, também não sei.
Dei tchau e segui meu caminho.
Ele me desejou felicidades e seguiu o seu.
Não obstante, tentei dar a ele um pouco de atenção, pois gostaria de recebê-lo em seu lugar.
Infelizmente, eu não compreendia tudo o que falava. Quando eu pedia que repetisse, era ele quem não ouvia.
Manteve-se falando sobre empresas, empregados, demissões, processos.
No fundo, ele falava mais consigo mesmo do que comigo. Era mais um desejo de conversar, ou quem sabe, de sentir que alguém estava o escutando, em exclusividade. Percebi que ele exteriorizava revoltas pessoais ou simplesmente apontava fatos, aproveitando de uma oportunidade de conversar com alguém que o ouvia.
Complementava suas palavras com frases feitas. Por respeito não o ignorei; por conveniência não falei demais. Não eram assuntos aos quais eu devesse concordar ou discordar. Eram notícias e eu apenas complementava suas orações com palavras quaisquer.
Com o passar do tempo, o assunto foi se dissipando.
Estávamos em silêncio quando alguém perto de nós falou sobre uma determinada morte. Um motoqueiro havia morrido em um acidente de trânsito. Era essa a notícia que ela espalhava a outras duas pessoas.
Não sei se ele ouvia o que estavam dizendo, mas eu ouvia.
Enquanto pensava se havia sido pouco atencioso com ele, se havia considerado o seu interesse em se expressar pouco relevante perto do meu interesse em me manter quieto e, principalmente, se, de alguma forma, julgava-me alheio ao que me dizia, ele voltou a falar.
Percebendo essa nova chance de ser útil para alguém, olhei pra ele e procurei transmitir toda atenção para este cidadão desconhecido, até mesmo porque, talvez fosse eu a única pessoa a fazê-lo.
Ah, mas já estava chegando a hora de me despedir.
Como seria o restante de nossos dias, eu não sabia.
Se o verei alguma outra vez, também não sei.
Dei tchau e segui meu caminho.
Ele me desejou felicidades e seguiu o seu.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Até amanhã
Até amanhã!
Já se faz tarde.
A noite escura
O sono invade
Na escuridão
Desse momento
Só vejo a luz
Em pensamento
Não é tão fácil
Mas me despeço
O teu boa noite
De novo peço
Até amanhã
Até a manhã
Já se faz tarde.
A noite escura
O sono invade
Na escuridão
Desse momento
Só vejo a luz
Em pensamento
Não é tão fácil
Mas me despeço
O teu boa noite
De novo peço
Até amanhã
Até a manhã
Um vazio
Eu estava tão contente...
Tinha minha amiga correndo ao meu encontro, falando meu nome e balançando os braços abertos para me receber com um abraço;
Tinha o menininho no ônibus sorrindo e brincando de olhares comigo;
Tinha a pressa de chegar pra poder encontrar comigo mesmo em outra pessoa.
Entretanto, isso tudo, da noite para o dia, se tornou passado...
Antes eu era um rapaz contente,
Hoje, não sei quem sou
Já não vejo minha amiga que alegrou o meu dia;
Já não tenho ânimo pra brincar com crianças que, porventura, encontro-
Elas também não querem brincar com um sujeito triste;
Já não anseio a minha chegada...
Não sou mais Júlio,
Já não estou cheio de juventude.
Perdi meu nome.
Perdi meu eu.
Tudo está estranho e um vazio toma conta de mim.
Prefiro afundar...
Tinha minha amiga correndo ao meu encontro, falando meu nome e balançando os braços abertos para me receber com um abraço;
Tinha o menininho no ônibus sorrindo e brincando de olhares comigo;
Tinha a pressa de chegar pra poder encontrar comigo mesmo em outra pessoa.
Entretanto, isso tudo, da noite para o dia, se tornou passado...
Antes eu era um rapaz contente,
Hoje, não sei quem sou
Já não vejo minha amiga que alegrou o meu dia;
Já não tenho ânimo pra brincar com crianças que, porventura, encontro-
Elas também não querem brincar com um sujeito triste;
Já não anseio a minha chegada...
Não sou mais Júlio,
Já não estou cheio de juventude.
Perdi meu nome.
Perdi meu eu.
Tudo está estranho e um vazio toma conta de mim.
Prefiro afundar...
Uma interação
Tinha nas mãos uma folha e no olhar a inocência da infância. Não quis se sentar com sua mãe. Preferira o assento localizado no espaço reservado aos cadeirantes. De lá, podia me ver. E eu também, vê-lo podia.
Iniciamos uma troca de olhares engraçada.
Ele me olhava, eu retribuía.
Ele se escondia atrás de alguém que estava entre nós, eu o encontrava.
Sorríamos.
O caminho foi passando e nós fazendo brincadeiras sem sentido.
Quem estava ao meu lado não entendia o que estava acontecendo diante de sua visão dominada pela constância do mesmo, do sempre igual.
O menino mantinha a diversão. Eu apenas o olhava. Como pode alguém sentir-se bem com tão pouco pouco?
Certas coisas não consigo explicar.
Iniciamos uma troca de olhares engraçada.
Ele me olhava, eu retribuía.
Ele se escondia atrás de alguém que estava entre nós, eu o encontrava.
Sorríamos.
O caminho foi passando e nós fazendo brincadeiras sem sentido.
Quem estava ao meu lado não entendia o que estava acontecendo diante de sua visão dominada pela constância do mesmo, do sempre igual.
O menino mantinha a diversão. Eu apenas o olhava. Como pode alguém sentir-se bem com tão pouco pouco?
Certas coisas não consigo explicar.
Um encontro
Eu não a via desde março. Talvez fosse fevereiro, mas eu acho que era março. Permanecíamos com uma saudade recíproca, mas a rotina domina nossas vidas.
Aquele seria o dia de nosso encontro.
Ela não imaginava que eu estaria presente junto com os demais.
Mas, como quem gosta de fazer surpresas, eu apareci, sem aviso prévio.
Quando abri a porta, alguns me olharam.
Ela correu em minha direção, demonstrando um doce afeto que apreciei como cantiga de ninar.
Seus braços balançavam abertos e ela corria em minha direção com um sorriso radiante no rosto e falando o meu nome de um modo, ao mesmo tempo, animado, carinhoso e especial...
“Júliooooooo!!”
Como foi bom receber seu abraço!
Naquele momento eu senti as tais asas em mim.
Senti-me inacreditavelmente leve... Os pés, pela lógica estariam no chão, mas na minha percepção, flutuavam...
Eu precisava de um abraço assim, amável, há um bom tempo.
Admiro o poder da amizade, que mesmo não sendo presente, faz-se notar e, principalmente, sentir...
Ela foi a primeira pessoa a falar comigo. Disse-me palavras aparentemente comuns. Não sei... Naquele instante, não eram simplesmente palavras comuns. Eram palavras sinceras e carinhosas. Eram palavras únicas que muito me agradaram. Que me deixaram mais feliz...
“Ah, eu não acredito! Quanto tempo... Que saudade de você!”
Eu apreciei aquele momento de carinho correspondido e acariciei os seus ombros.
Sorri para ela esperando que percebesse o quanto era especial para mim, já que com palavras, tantas vezes, é difícil se expressar...
Ela sorriu de volta.
Acho que ela entendeu meu pensamento.
Sorri, mais uma vez.
Aquele seria o dia de nosso encontro.
Ela não imaginava que eu estaria presente junto com os demais.
Mas, como quem gosta de fazer surpresas, eu apareci, sem aviso prévio.
Quando abri a porta, alguns me olharam.
Ela correu em minha direção, demonstrando um doce afeto que apreciei como cantiga de ninar.
Seus braços balançavam abertos e ela corria em minha direção com um sorriso radiante no rosto e falando o meu nome de um modo, ao mesmo tempo, animado, carinhoso e especial...
“Júliooooooo!!”
Como foi bom receber seu abraço!
Naquele momento eu senti as tais asas em mim.
Senti-me inacreditavelmente leve... Os pés, pela lógica estariam no chão, mas na minha percepção, flutuavam...
Eu precisava de um abraço assim, amável, há um bom tempo.
Admiro o poder da amizade, que mesmo não sendo presente, faz-se notar e, principalmente, sentir...
Ela foi a primeira pessoa a falar comigo. Disse-me palavras aparentemente comuns. Não sei... Naquele instante, não eram simplesmente palavras comuns. Eram palavras sinceras e carinhosas. Eram palavras únicas que muito me agradaram. Que me deixaram mais feliz...
“Ah, eu não acredito! Quanto tempo... Que saudade de você!”
Eu apreciei aquele momento de carinho correspondido e acariciei os seus ombros.
Sorri para ela esperando que percebesse o quanto era especial para mim, já que com palavras, tantas vezes, é difícil se expressar...
Ela sorriu de volta.
Acho que ela entendeu meu pensamento.
Sorri, mais uma vez.
domingo, 25 de outubro de 2009
Tentativas de quem espera
Ele estava numa ilha criada por ele mesmo. Ele olhava ao redor, mas tudo era mar. Ele queria dar o primeiro passo, mas não sabia como sair de lá. Sim, ele queria voltar atrás.
Ele encontrou a garrafa que carregava consigo. De seu papel, o menino escreveu a mensagem e a enviou com uma onda do oceano que apareceu simpática diante dele. Ele beijou a carta e a jogou no mar.
Não se sabe porque, mas as horas pareciam dias e a noite foi mais longa que a imensidão do vazio. Menino não sabe explicar, mas ele sente que sua carta foi lida. Que a mensagem foi entregue.
Espera mais um pouco. A paciência é dom sublime que nem todos desenvolvem. Mas, por sorte ele sabe esperar. Ele aprendeu que a espera é sua companheira. Que deve fazer dela a sua melhor amiga.
Ele olha em seu punho. Não pensa em suicídio, pensa nas horas que ele não sabe quais são.
É hora de acreditar. Isso lhe basta saber.
Esperançoso, inseguro e nervoso, ele mantém seu medo. Sua incoerência está sendo estudada. Mantém-se na espera de uma resposta que acredita que chegará.
Que ele seja retirado desse mundo de solidão.
Ele encontrou a garrafa que carregava consigo. De seu papel, o menino escreveu a mensagem e a enviou com uma onda do oceano que apareceu simpática diante dele. Ele beijou a carta e a jogou no mar.
Não se sabe porque, mas as horas pareciam dias e a noite foi mais longa que a imensidão do vazio. Menino não sabe explicar, mas ele sente que sua carta foi lida. Que a mensagem foi entregue.
Espera mais um pouco. A paciência é dom sublime que nem todos desenvolvem. Mas, por sorte ele sabe esperar. Ele aprendeu que a espera é sua companheira. Que deve fazer dela a sua melhor amiga.
Ele olha em seu punho. Não pensa em suicídio, pensa nas horas que ele não sabe quais são.
É hora de acreditar. Isso lhe basta saber.
Esperançoso, inseguro e nervoso, ele mantém seu medo. Sua incoerência está sendo estudada. Mantém-se na espera de uma resposta que acredita que chegará.
Que ele seja retirado desse mundo de solidão.
Vai!
Vai! Destrói teu coração imenso
Destrói o coração de quem tu amas
Destrói o sentimento de quem te ama
Destrói o coração de quem te vê chorar
Vai! Paga o preço de tuas atitudes
De tua impulsividade
Quem mandou não seguir meus conselhos?
Não quiseste tu viver da realidade?
Quem mandou deixar de sonhar com a beleza que haveria de vir?
Quem mandou não aproveitar de teu presente?
O presente que recebeste com laço de fita
Com papel verde
De toda a verdura da natureza
Menino meu, menino em mim...
Entre tantas frutas a ti oferecidas
Preferistes escolher o limão para si
E não quiseste sequer esperar o açúcar
E acrescentar a água...
Vai! Sofre na ilha que criou para si
Olha o caminho que percorreu
Enxerga tuas próprias escolhas
A tarde vem chegando
Mas tarde pra ti já é
Já é tarde demais
Deguste tua solidão
Contemple o papelão que tu fizeste
Menino de papel
Não aproveitaste do amor
Talvez nem o tenha valorizado
Ou compreendido sua linguagem
Menino de papel,
Perdeste tuas asas
Pássaro que ama, deseja e não pode mais voar
E não sabe mais o que fazer
Deveria se conformar...
Menino de papel,
Quem ama deve aprender a amar...
Destrói o coração de quem tu amas
Destrói o sentimento de quem te ama
Destrói o coração de quem te vê chorar
Vai! Paga o preço de tuas atitudes
De tua impulsividade
Quem mandou não seguir meus conselhos?
Não quiseste tu viver da realidade?
Quem mandou deixar de sonhar com a beleza que haveria de vir?
Quem mandou não aproveitar de teu presente?
O presente que recebeste com laço de fita
Com papel verde
De toda a verdura da natureza
Menino meu, menino em mim...
Entre tantas frutas a ti oferecidas
Preferistes escolher o limão para si
E não quiseste sequer esperar o açúcar
E acrescentar a água...
Vai! Sofre na ilha que criou para si
Olha o caminho que percorreu
Enxerga tuas próprias escolhas
A tarde vem chegando
Mas tarde pra ti já é
Já é tarde demais
Deguste tua solidão
Contemple o papelão que tu fizeste
Menino de papel
Não aproveitaste do amor
Talvez nem o tenha valorizado
Ou compreendido sua linguagem
Menino de papel,
Perdeste tuas asas
Pássaro que ama, deseja e não pode mais voar
E não sabe mais o que fazer
Deveria se conformar...
Menino de papel,
Quem ama deve aprender a amar...
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Segue papel no mar
De seu próprio papel constrói sua arca
Arca com suas decisões
Não suporta ficar ancorado no porto
Morto por dentro, se sente
Mente a si mesmo e tenta tirar algo de si
Sim, a tempestade chegou
Vai com seu barco de papel levado pela enxurrada
Furiosa é a água que desaba sem parar
Perde-se nesta vida enladeiradaVem o cansaço
Não há forças para subir
Não há estímulos para remar contra a corrente
A chuva aumenta
Seu papel encharcado está
Não sabe mais que papel desempenha
Sua paisagem também já não tem o verde da esperança
O cinza e o preto aqui também prevalecem
Porém, diferente de outros portos
A mudança de tonalidades se deu a o s p o u c o s
Dis-cre-ta-men-te...
E, se antes tal mudança era imperceptível
Agora é observada como nunca
Veleje menino no mar
Complicada é a mágoa
A água é mais fácil vencer
Reme com a força de um homem adulto
Vise à realidade
Busque teu chão
Vença a chuva e a enchente
Deixe de imaginar e sonhar bobagens
...
Mas a ilusão sonhadora se fez presente
Vazio se ampliou sob o céu
Displicente natureza não perdoa
A sensibilidade de um sonho de papel
Coração molhado quebrouOs caquinhos ficaram ferindo seu peito
Mas coração quebrado tem sentimento
E pedaços de sentimento viram dor
Lógico seria não mais amar
O menino conseguirá?
Barquinho inundado derrete
Salta de si a tempo
Lágrimas negras se camuflam nesse dia nublado
Vai menino, só, nadando nessas águas turvas
Leva teu peito ferido consigo
Leva tua dor que de ti não sai
Vai! Ainda que indeciso, sem destino certo
Certo é o pensamente que consigo traz
Certa é a certeza de sua suposição
Repetiria sem cessar
O que passa em sua mente:
Amor também é um menino
Sorrateiro e insistente
Quem vem ao mundo para amar
Ama eternamente
Arca com suas decisões
Não suporta ficar ancorado no porto
Morto por dentro, se sente
Mente a si mesmo e tenta tirar algo de si
Sim, a tempestade chegou
Vai com seu barco de papel levado pela enxurrada
Furiosa é a água que desaba sem parar
Perde-se nesta vida enladeiradaVem o cansaço
Não há forças para subir
Não há estímulos para remar contra a corrente
A chuva aumenta
Seu papel encharcado está
Não sabe mais que papel desempenha
Sua paisagem também já não tem o verde da esperança
O cinza e o preto aqui também prevalecem
Porém, diferente de outros portos
A mudança de tonalidades se deu a o s p o u c o s
Dis-cre-ta-men-te...
E, se antes tal mudança era imperceptível
Agora é observada como nunca
Veleje menino no mar
Complicada é a mágoa
A água é mais fácil vencer
Reme com a força de um homem adulto
Vise à realidade
Busque teu chão
Vença a chuva e a enchente
Deixe de imaginar e sonhar bobagens
...
Mas a ilusão sonhadora se fez presente
Vazio se ampliou sob o céu
Displicente natureza não perdoa
A sensibilidade de um sonho de papel
Coração molhado quebrouOs caquinhos ficaram ferindo seu peito
Mas coração quebrado tem sentimento
E pedaços de sentimento viram dor
Lógico seria não mais amar
O menino conseguirá?
Barquinho inundado derrete
Salta de si a tempo
Lágrimas negras se camuflam nesse dia nublado
Vai menino, só, nadando nessas águas turvas
Leva teu peito ferido consigo
Leva tua dor que de ti não sai
Vai! Ainda que indeciso, sem destino certo
Certo é o pensamente que consigo traz
Certa é a certeza de sua suposição
Repetiria sem cessar
O que passa em sua mente:
Amor também é um menino
Sorrateiro e insistente
Quem vem ao mundo para amar
Ama eternamente
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Poesia sem sentido
A ela dei um título antes de um corpo
Nele coloquei um desejo de criação
De uma poesia sem sentido
Uma poesia que me acalentasse ao lê-la
Que me satisfizesse ao escrevê-la
Que me distraísse
Que drenasse meu turbilhão de tristes sentimentos
Que desviasse o fluxo de meu rio de angústias
Uma poesia para os 20 anos
E quem sabe 30; 40 ou 160
E quem sabe 10; 5...
Uma poesia abrangente e singular
Poesia sem sentido
No entanto, poesia com significado
Para a alma...
A minha alma jovem de poeta
À minha jovem alma
Nele coloquei um desejo de criação
De uma poesia sem sentido
Uma poesia que me acalentasse ao lê-la
Que me satisfizesse ao escrevê-la
Que me distraísse
Que drenasse meu turbilhão de tristes sentimentos
Que desviasse o fluxo de meu rio de angústias
Uma poesia para os 20 anos
E quem sabe 30; 40 ou 160
E quem sabe 10; 5...
Uma poesia abrangente e singular
Poesia sem sentido
No entanto, poesia com significado
Para a alma...
A minha alma jovem de poeta
À minha jovem alma
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Perpasso
Perpasso o meu passo em pensamento
Compasso onipresente presente em meu dia
O natural em tentativas de me condicionar
Condição de uma história dilacerada em dor
Dias figuram linguagens de momento
Mantenho um diálogo monossilábico pessoal
Sou o meu melhor interlocutor em horas vazias
Em dias carentes de afeto, coloque-me em reflexão profunda.
Se a hora espalha dúvidas profusas
Mantenho-me na minha escrita prolixa
Essas linhas que já não me pertencem
Palavras copiosas que saem, quase involuntariamente de alguma parte de mim
E se a parte for partitura partida
Faço músicas com instrumentos invisíveis
A composição inexiste no instante do pranto
Lamento o tempo e um texto planto no ar
Suspiro e espero que o fluxo e o refluxo me inspirem
Vicissitudes que se alteram de forma imprevista
Em meio à espera e ao cansaço, meu fôlego anela
Meu ânimo não será aluído por mínimas razões
Circunstâncias não me farão perpetrar novas bobagens
Poderei esperar a hora certa
Que minha fortaleza aumente
Incito resistência de um âmago fantasista
Se a fase é árdua eu sou persistente
Arrisco e risco aventuras na tela da vida
Não há palavras escravizadas pelo nexo
Não há ordem, nem fluxo, nem lei
Não há mais razões do tipo racionais
Tampouco motivos inteligentes serão encontrados
Quero seguir o curso do que sinto
Somente isso
Percalços já não é tudo o que proponho
Imprimo nesse espaço um rascunho qualquer
Já não viso à alegria sem fim
Que meu contentamento se encontre na tristeza do agora
Melancolia infinda
Que por companhia implora
Suavemente me olha
E fitando-me agora
Diz que não vai mais embora
E permanece em mim...
Compasso onipresente presente em meu dia
O natural em tentativas de me condicionar
Condição de uma história dilacerada em dor
Dias figuram linguagens de momento
Mantenho um diálogo monossilábico pessoal
Sou o meu melhor interlocutor em horas vazias
Em dias carentes de afeto, coloque-me em reflexão profunda.
Se a hora espalha dúvidas profusas
Mantenho-me na minha escrita prolixa
Essas linhas que já não me pertencem
Palavras copiosas que saem, quase involuntariamente de alguma parte de mim
E se a parte for partitura partida
Faço músicas com instrumentos invisíveis
A composição inexiste no instante do pranto
Lamento o tempo e um texto planto no ar
Suspiro e espero que o fluxo e o refluxo me inspirem
Vicissitudes que se alteram de forma imprevista
Em meio à espera e ao cansaço, meu fôlego anela
Meu ânimo não será aluído por mínimas razões
Circunstâncias não me farão perpetrar novas bobagens
Poderei esperar a hora certa
Que minha fortaleza aumente
Incito resistência de um âmago fantasista
Se a fase é árdua eu sou persistente
Arrisco e risco aventuras na tela da vida
Não há palavras escravizadas pelo nexo
Não há ordem, nem fluxo, nem lei
Não há mais razões do tipo racionais
Tampouco motivos inteligentes serão encontrados
Quero seguir o curso do que sinto
Somente isso
Percalços já não é tudo o que proponho
Imprimo nesse espaço um rascunho qualquer
Já não viso à alegria sem fim
Que meu contentamento se encontre na tristeza do agora
Melancolia infinda
Que por companhia implora
Suavemente me olha
E fitando-me agora
Diz que não vai mais embora
E permanece em mim...
sábado, 17 de outubro de 2009
Irremediável
Quando somos crianças
Queremos ser tudo
Tão belo é o mundo
Iremos crescer
Quando somos rebeldes
Queremos mudança
“Não sou mais criança
Eu quero viver”
Já somos adultos
Sem destino certo
Neste planetinha
Que cobra de nós
E o vendaval pode
Indicar friamente
Qual rota que a gente
Precisa tomar
Na nave da vida
Somos astronautas
Dos mais competentes
Em se aventurar
Teu céu, tua escolha
A vida é tão nossa
O espaço é lindo
Podemos voar
Se com a razão pensam
Tranqüilos, sonhamos
E onde estejamos
Iremos sonhar
Se a nave prossegue
Não queira detê-la
E verá sua estrela
A brilhar sempre mais
Sempre brincaremos
Voando com calma
Criança da alma
Não cresce JAMAIS
Queremos ser tudo
Tão belo é o mundo
Iremos crescer
Quando somos rebeldes
Queremos mudança
“Não sou mais criança
Eu quero viver”
Já somos adultos
Sem destino certo
Neste planetinha
Que cobra de nós
E o vendaval pode
Indicar friamente
Qual rota que a gente
Precisa tomar
Na nave da vida
Somos astronautas
Dos mais competentes
Em se aventurar
Teu céu, tua escolha
A vida é tão nossa
O espaço é lindo
Podemos voar
Se com a razão pensam
Tranqüilos, sonhamos
E onde estejamos
Iremos sonhar
Se a nave prossegue
Não queira detê-la
E verá sua estrela
A brilhar sempre mais
Sempre brincaremos
Voando com calma
Criança da alma
Não cresce JAMAIS
.
(Inspirado em um papo legal)
Carline de Brinquedo, vamos brincar?!
(:
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