segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Uma interação

Tinha nas mãos uma folha e no olhar a inocência da infância. Não quis se sentar com sua mãe. Preferira o assento localizado no espaço reservado aos cadeirantes. De lá, podia me ver. E eu também, vê-lo podia.
Iniciamos uma troca de olhares engraçada.
Ele me olhava, eu retribuía.
Ele se escondia atrás de alguém que estava entre nós, eu o encontrava.
Sorríamos.
O caminho foi passando e nós fazendo brincadeiras sem sentido.
Quem estava ao meu lado não entendia o que estava acontecendo diante de sua visão dominada pela constância do mesmo, do sempre igual.
O menino mantinha a diversão. Eu apenas o olhava. Como pode alguém sentir-se bem com tão pouco pouco?
Certas coisas não consigo explicar.

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