quinta-feira, 29 de outubro de 2009

É hora de migração, é hora de mudança

Eu ia falar sobre aquele momento recentemente vivido. E não desistirei de falar.
Menino, sem esperanças, estava encostado em um canto qualquer. Ele olhava para o céu, pois o céu sempre significou um mundo de mistérios mágicos para o menino. Ele olhava, com a mente vazia, com um sentimento vão.
Baixou seus olhos para a superfície. Observou o mar. Ondas suaves que vinham de todos os lados daquela água salgada da qual ele não podia beber. Era o mesmo mar de dias atrás.
Olhou mais uma vez.
Alguma coisa brilhava mais. Alguma coisa, lá, estava refletindo os raios do sol.
Primeiro veio a esperança. Seria a garrafa! Tinha que ser!
Depois veio aquele outro pensamento. Estava a tempo considerável sem comer e sem beber. Já estava tendo alucinações...
Mas não. Seu pessimismo não o levou a perder as esperanças. Não dessa vez. Não nesse momento.
Era uma garrafa!
Sabia que era!
Garrafa endereçada a ele, sim!
Lá estava ele tentando alcançá-la na água.
Retirou-a do mar.
Abriu-a.

Ah, o que acontece agora não é mais parte dessa história.
Sim, era a resposta que esperava obter.
Sim, o menino passou a ser outro.
Ele mudou. Ele estava mudando.
Menino ganhou asas e se pôs a voar.
Voou! Rumo a outros mares...

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